quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Bebê da Capa


Levei o Henrique terça-feira para fazer a famosa foto das caretinhas que todos os bebês fazem. Uma carinha sorrindo, outra séria, a última chorando de preferência. No final da sessão, em que o Hique se mostrou quase um profissional, sorrindo a cada flash, a fotógrafa sugeriu vesti-lo de Papai Noel. Aceitei na hora, ele ficou lindo. Bom, sugeri a foto para a Capa do Caderno de Natal do Jornal da Manhã e foi aceita na hora. Vejam só o orgulho da mamãe

domingo, 29 de novembro de 2009

Sambaqui Morro dos Índios é um exemplo de descaso com o patrimônio histórico




Apesar de uma placa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) alertar que a destruição ou retirada de material do Sítio Arqueológico de Xangri-lá, localizado no litoral gaúcho, constitui em crime sujeito às penas de multa e detenção, desde o ano passado cerca de seis famílias construíram casas no terreno. As moradias ocupam uma área irregular no sambaqui Morro dos Índios, que possui cerca de 500m2. Três casebres de madeira avançam dentro da cerca de proteção. O local também é utilizado frequentemente por visitantes indesejáveis, que deixam a sua marca. Em alguns pontos a cerca encontra-se derrubada e se pode avistar dentro da área do sambaqui restos de papel e plástico. Nos lados norte e sul, há dois depósitos de resíduos de construção civil. Um deles gigantesco. A própria delimitação da área está pouco clara.

Por esse motivo, o Morro dos Índios está sob investigação em inquérito civil público. De acordo com a prefeitura, as pessoas e famílias que têm residência no local já foram notificadas de que estão em área de proteção. Isso gerou protestos de proprietários e posseiros, que simplesmente ignoram a importância histórica do local. Inclusive há casos de pessoas que venderam suas residências, não comunicando aos compradores a existência de questões referentes ao sambaqui. Essa transação ilegal dificulta ainda mais um acordo entre as partes.

A menos de 100m do sítio arqueológico, existe as vilas Figueirinha e Goiabinha, casas de veraneio e áreas de condomínios fechados. Também se localiza nas imediações do Morro dos Índios, o campo do Sambaqui, que recebe jogos do campeonato municipal de Xangri-lá e pertence a um time homônimo. A reserva também não é explorada pelo turismo. Não existe uma visita guiada, por exemplo, ao local. Na verdade, a existência do sítio é desconhecida por grande percentual de moradores e veranistas. A Escola Estadual de Ensino Médio de Xangri-lá fica a cerca de 500 metros do sambaqui, mas não possui nenhum projeto pedagógico voltado ao ensino e pesquisa da área de preservação.

Os sambaquis são patrimônios culturais. De acordo com a Wikipédia, sambaqui é um termo de origem tupi que significa monte de conchas. São depósitos construídos pelos indígenas constituídos por materiais orgânicos, calcáreos e que, empilhados ao longo do tempo acabaram por sofrer uma fossilização química. Estudos recentes sugerem que os sambaquis tenham sido produzidos por povos que viveram na costa brasileira entre 8 mil e 2 mil anos atrás. Com esse cenário de alto risco para a degradação, a praia de Atlântida, no município de Xangri-lá, é, portanto, mais um exemplo de descuido, que somados a tantos outros sambaquis que estão sendo destruídos, torna-se cada vez mais real o risco desses locais desaparecerem.

O problema não é uma exclusividade de Xangri-lá. A ocupação desordenada, a especulação imobiliária e a retirada das dunas, entre outros fatores, fizeram com que patrimônio dos sambaquis quase desaparecesse do mapa gaúcho. O Morro dos Índios é um dos que ainda resistem, embora extremamente reduzido de seu tamanho original. É possível avistar da Estrada do Mar o monte circundado de casuarinas. Espera-se que ainda por muito tempo. Na verdade, que ele resista a esta e outras futuras gerações. Vamos torcer para que as autoridades encontrem um bom desfecho para o problema.

(Como me desloquei do Noroeste gaúcho e viajei até o litoral, minha matéria não foi desenvolvida em Ijuí)

Clicando o bebê



O IrfanView é muito fácil de usar. Adorei os recursos resized and cut, mas existem outras opções de tratamento da imagem como redução dos olhos vermelhos, correções de cor e rotação da imagem, além de diversos efeitos interessantes. O modelo escolhido é o meu tema preferido. O Henrique, meu filho de 10 meses, antes do banho, em ambiente externo e no banho. Em ambos usei flash. Ele não é um fofo?

domingo, 22 de novembro de 2009

A incessante busca por um buscador mais completo

Os sites de busca são fundamentais hoje para todos os usuários da internet, especialmente para os jornalistas. Embora o Google domine e seja o preferido. Alguns sites permitem um busca mais completa de imagens, blogs e outras informações, de forma especializada, facilitando muito o trabalho e economizando tempo, que para nós é um grande diferencial. Sendo assim, fazer um comparativo e descobrir qual site é mais interessante para a busca que a gente quer realizar pode ser uma mão na roda na hora de fechamento da edição, por exemplo.

Ao pesquisar sobre a crise da imprensa, o Google encontrou 226 mil páginas. Nas cinco primeiras colocações, sites de notícias e um blog. No Yahoo, o total encontrado cai bastante, foram 1940 páginas localizadas. Na primeira colocação está um blog, o que não ocorre com o Google. Outro destaque é o artigo do professor Carlos Castilhos (legal!).

Já o Deepdyve parece uma ferramenta bem interessante. A concepção de oferecer artigos e informação mais especializada é ótima, porém o site exige que o usuário se cadastre, é preciso logar para pesquisar e pagar para ler os artigos. Além disso, a pesquisa em português não encontrou resultados, pois o site é todo em inglês ao que parece. No Radar Uol, encontramos 977 páginas, mas as cinco primeiras são idênticas ao Google, portanto, devem utilizar a mesma base de dados.

O problema da língua se repete com o Clusty, ao procurar sobre a crise na imprensa, nada é encontrado, porém o localizador pergunta se a busca não seria pelo Cruise. Talvez querendo referir-se ao Tom Cruise. Mesmo que eu tenha sido fã dele na adolescência, não, não era esse o tema da pesquisa. No Bing, 286 resultados. A busca trouxe mais artigos entre os primeiros da lista, o que era o foco da procura. No Ask, 1.150 resultados. Nos cinco primeiros, duas páginas não tinham relação com a busca. No Dogpile, entre os cinco primeiros, dois ainda não haviam aparecido nas outras buscas.

É possível perceber facilmente que as buscas se assemelham muito nos diferentes buscadores, mas o interessante é tentar conhecer cada um deles para tirar o que eles têm de melhor.

RSS ou Reader

Logo que os sites começaram a contar com aquele tetraedro alaranjado com a sigla RSS, tive a intuição de clicar para ver para que serviam, afinal, aquelas letrinhas. Pois graças apenas a minha curiosidade, passei a acompanhar por meio do RSS no meu navegador Firefox as últimas notícias publicadas em diversos sites jornalísticos e alguns blogs. Facilita bastante, claro. Não há como negar, devido às atualizações instantâneas, os leitores de RSS são práticos. As manchetes ficam disponíveis na barra do navegador. Os feeds fazem o trabalho automaticamente e permitem o monitoramento dos sites. A proposta das notícias virem até você é muito útil, principalmente para o trabalho do jornalista.

Desculpe confessar, mas honestamente, acabo de conhecer o Reader. Avaliando as minhas necessidades pessoais, o aspecto mais fantástico é ter todas as URLs mais usadas cadastradas e acessíveis em qualquer computador. Isso é muito prático. Independentemente, se estou no trabalho ou em casa. Como se você mantivesse um escritório virtual com todas as preferências acessíveis em qualquer lugar do mundo. O Reader oferece ainda o lead e início da notícia, não apenas a manchete, o que muitas vezes já é suficiente, evitando a necessidade de carregar toda a página. Além disso, sinaliza as notícias que não foram lidas, o que ajuda muito na organização do trabalho do jornalista. O Reader permite ainda compartilhar informações.

Com todas essas vantagens, o Reader será adotado na minha rotina de trabalho, pois vai permitir a sincronia do meu notebook com o PC do jornal.

domingo, 15 de novembro de 2009

A evolução da internet para a web 2.0 e o ofício do jornalista

Não dá para negar que a internet mudou muito nos últimos anos. Essa evolução é progressiva e agressiva. O número de usuários está crescendo em ritmo ascendente, assim como a velocidade da rede com a banda larga permite o acesso a informações cada vez mais complexas e cada vez mais rapidamente. Ao mesmo tempo, estamos vivenciando uma corrida contra o tempo das empresas e pessoas que estavam fora da web, pois é cada vez mais raro encontrar resistências ao potencial de atração de negócios e de relacionamentos no ambiente virtual.

Conforme especialistas, Tim O'Really é um deles, um dos motivos da atração que a internet possui sobre os usuários deve-se a mudanças que transformaram a w3 de uma rede de computadores em uma plataforma de serviços. Tais inovações foram analisadas e convergiram para o conceito web 2.0. No bojo das transformações, o usuário passou a ser protagonista e não um simples receptor de informações. A produção de conteúdo foi facilitada e acessível a todos. O fenômeno dos bloggers, Flickr, Youtube e mesmo as redes de relacionamentos como o Orkut, Facebook e mais recentemente o Twitter comprovam que o internauta evoluiu também, talvez em decorrência do aprendizado acumulado ao longos dos anos.

Para muitos, essas inovações e a maior participação significam um processo de democratização. De fato, ao ampliar o acesso e permitir que mais pessoas postem opiniões em canais interativos e criem espaços de troca de experiências, de defesas de ideias, de convergência, de protestos, por exemplo, inegavelmente percorre-se esse caminho. É talvez a característica mais importante da web 2.0.

Nesse cenário, o jornalista passou por uma revolução em diversos aspectos do seu ofício. Talvez nenhuma outra profissão tenha sentido tanto os efeitos dessa evolução. Praticamente, todos os jornais hoje possuem versões on-line, não apenas como fornecedor de conteúdo, mas com a preocupação em atender à nova dinâmica da rede que requer espaço para a participação e interatividade. Na verdade, o conteúdo jornalístico é certamente o maior, senão um dos maiores, atrativos da rede. A informação instantânea, precisa, aliada à imagem, som, video, debate, opinião, acessível a um clique, ou melhor ainda, chegando até o leitor através de atualizações pré-determinadas, é o grande trunfo da nova era da web.

Sendo assim, o jornalista precisou adaptar a sua forma de escrever e aprender a utilizar novos serviços e recursos disponíveis na internet. Chegamos ao profissional multimídia em sua versão mais atual: o jornalista 2.0. O aprendizado não tem sido fácil e é constante, já que a evolução da w3 não para. Mas os que já se adaptaram ao universo de possibilidades que essa ferramenta permite, esses deram um passo a frente para captar a atenção dos novos leitores, usuários da internet. Sugestões de pauta, interativas, espaço para comentários são possibilidades que vêm sendo cada vez mais exploradas. Se alguém duvida, atire a primeira pedra aquele que nunca utilizou o Google como ferramenta de busca ou tirou aquela dúvida que a cabeça atarefada e estressada teimava em não lembrar na wikipédia.

Por outro lado, a web 2.0 tem como característica oferecer conteúdo gratuito. É exatamente aí que surge um conflito. Muito se discute a respeito do financiamento dos jornais na internet. Notícias de demissões e fechamento de periódicos reforçam esse medo. Há uma tendência dos jornais de liberar o conteúdo digital completo só para assinantes. O fato é que atualmente as pessoas pagam mensalmente para uma operadora de telefonia para ter acesso a web2.0 e ler conteúdo jornalístico gratuitamente. Ainda que de um modo geral a remuneração profissional esteja bem abaixo das expectativas e certamente não compense o esforço de formação, estudo e dedicação que um bom profissional exige, equipe competente tem um custo significativo, ainda mais se se propõem a fazer jornalismo investigativo. Mas essa questão é antiga e apenas apresenta novas nuances a medida que as novas tecnologias são inseridas no contexto do fazer jornalismo. Por enquanto, os grandes veículos continuam a frente quando o usuário procura informação e credibilidade, mas ao analisarmos as características da nova web existe uma tendência para a queda desse reinado, pelo menos da forma como ele se estrutura hoje.